Braquiópodes Fósseis

Variedades de Braquiópodes Fósseis
Introdução

Braquiópodes são animais exclusivamente marinhos, bentônicos, com uma concha composta de duas valvas desiguais de composição calcítica ou quitino-fosfática. De modo geral, eles lembram os moluscos pelecípodes. Contudo, possuem anatomia das partes moles completamente distinta (Fig. 5.1). A filogenia e relações de parentesco dos principais grupos é ainda motivo de discussão entre especialistas (Fig. 5.2). Diferentemente dos pelecípodes, o plano de simetria bilateral da concha passa pelas valvas e não entre as valvas (Fig. 5.3).

Este exercício fornece uma visão geral da morfologia básica das principais e mais comuns ordens de braquiópodes einicia a análise morfofuncional do grupo.

A interpretação morfofuncional leva em conta que as feições têm, no geral, um significado adaptativo. Os aspectos da forma da concha (se é obesa, lisa ou possui costelas, espinhos etc.) oferecem evidências do habitat e do hábito do animal.

Figura 5.1. Magellania flavescens (Recente), seção mediana estilizada (de Clarkson, 1994).

A Figura 5.2 apresenta um cladograma com a filogenia hipotética de diversas ordens extintas e viventes, baseada na análise de 43 caracteres da concha e de partes moles dos organismos.

Figura 5.2. Cladograma de ordens extintas e viventes de braquiópodes; números junto às barras indicam caracteres apomórficos apresentados em Holmer et al. (1995).

Figura 5.3. Termos morfológicos usados para braquiópodes.

Figura 5.4. Tambor tafonômico. Gráfico apresentando o comportamento das conchas de braquiópodes e bivalves submetidas ao tambor tafonômico. (Torello & Simões, 2000).

Figura 5.5. Relações entre a morfologia, ambiente e modo de vida de braquiópodes articulados. Modificado de Fürsich & Hurst (1974).

Figura 5.6. Distribuição batimétrica de invertebrados marinhos em águas rasas.

Figura 5.7. Distribuição geológica dos braquiópodes (Clarkson, 1994).

Figura 5.8. Morfologia externa de Lingula sp.(A-B), e em posição de vida (C) e Orbiculoidea. A-D. Orbiculoidea, Devoniano, Bacia do Paraná, Brasil.

Figura 5.9. Morfologia interna e externa de Orthida. Hebertella sp., Ordoviciano, América do Norte.

Figura 5.10. Morfologia externa de Strophomenida. A. Echinoconchus sp., Carbonífero superior, Bacia do Amazonas, Brasil. Rafinesquina sp., Ordoviciano, EUA. Productídeo, Carbonífero superior, Brasil.

Figura 5.11. Morfologia externa de Rhynchonellida. Hustedia sp., Grupo Copacabana, Permiano, Bolívia.

Figura 5.12. Morfologia de Spiriferida. A. Neopirifer condor, Permiano, Bolívia. B. Moldes internos de Australospirifer iheringi, Devoniano, Bacia do Paraná.

Figura 5.13. Morfologia externa de Terebratulida.

Copiado integralmente com a autorização dos autores:

Anelli, L.E.; Leme, J.M.; Oliveira, P.E.; Fairchild, T,R. 2020. Paleontologia. Guia de aulas práticas, uma introdução ao estudo dos fósseis. Universidade de São Paulo, Instituto de Geociências, 8a ed., 104p.

*Todos os direitos do textos e figuras são reservados aos autores

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